O conjunto de monarquias absolutas europeias entraram em crise nos finais do século XVIII, novas ideias denominadas de Ilustração, defendidas por filósofos que privilegiavam a razão, defendiam que a lei natural aos homens e os direitos naturais devem estar a favor da participação política representativa, o que dependia de uma Constituição. O pensamento liberal consistia numa política de encerramento da monarquia absolutista.
Os monopólios do mercantilismo aborreciam os liberais, não havia iniciativas para livre concorrência. A política do liberalismo deveria colocar nos parlamentos indivíduos que lutassem pela adesão de Constituição, derrubando a monarquia monocrática. O reino de Portugal, decidido pelo monopólio mercantilista e dominar o comércio colonial, ficou sujeito aos ditames da Inglaterra, fornecendo ao seu povo e aos colonos produtos importados e retirando da colônia os produtos primários para abastecer os centros comerciais europeus.
Para dinamizar as relações com a colônia, o rei José I, em 1750, nomeou para ministro Sebastião José de Carvalho e Melo, o marquês de Pombal, que criou as companhias privilegiadas de comércio: Companhia Geral do Comércio do Grão-Pará e Maranhão (1755) e a Companhia Geral de Pernambuco e Paraíba (1759). A intenção era oferecer mercado para os produtos locais, incluindo escravos, cacau, cravo, canela, arroz e algodão, sendo este último muito beneficiado pela Revolução Americana (1776) e a rebelião dos escravos em São Domingos (1791), territórios que produziam material têxtil para o mercado mundial. A elite colonial foi colocada em áreas de fiscalização, administração e militar. A exploração diamantina foi estatizada (1771) e manufaturas foram incentivadas na metrópole e na colônia.
A polêmica expulsão dos jesuítas e dos mercedários, com confisco dos bens, foi decidido para coibir atuações autônomas descentralizadoras. A abolição da escravidão indígena (1757), aldeias feito Vilas e casamentos mistos foram incentivados sem a tutela jesuíta. Aliás, a coroa acusou os jesuítas de fomentarem a Guerra dos Guaranis (1754-56), não aceitando a demarcação de terras que retirava dos castelhanos o território dos Sete Povos das Missões a favor dos lusitanos. A educação foi prejudicada sem a presença dos jesuítas, poucas instituições, a exemplo do Seminário de Olinda e clubes de intelectuais, foram incentivadas. Diferentemente das colônias espanholas da América, não havia universidades no mundo colonial português. No reinado de Maria I (1777) o marquês foi destituído, as Companhias de Comércio foram extintas, fabricas e pequenas manufaturas foram fechadas na colônia, deixando apenas as de pano grosseiro para vestimenta de escravos.
Bibliografia
FAUSTO, Boris. História do Brasil. 14 ed. São Paulo: USP, 2012.
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